ESTUDANTE ALERTA: COLISOR DE PARTÍCULAS PODE DAR EM MERDA

No meado do mês passado, o estudante de agronomia do Instituto Jordão de Arruda em Goiás, Wanslívio Gomes da Cunha (foto ao lado), confessou a seus amigos de birita que anda preocupado com as atividades do Large Hadron Collider na Suiça. Segundo freqüentadores do botequim "Baiúca do Gervásio" em Goiânia, Wanslívio passou a noite de 17 de outubro chapando o coco com os amigos e tentando convencê-los dos perigos que advêm da colisão de partículas em alta energia. Como os membros de sua mesa já estavam todos embriagados e ninguém ali nunca tinha ouvido falar nessas partículas subatômicas (muito menos em colisores dessas coisas), resolveram ignorá-lo. Após alguns minutos, segundo testemunhas entrevistadas no local, Wanslívio foi visto sentado ao balcão conversando com o garçom. Diante do sorriso ininterrupto do paciente funcionário (que aproveitava para lavar e secar uns copos enquanto fingia ser todo ouvidos), Wanslívio passou horas agourando o destino do planeta: "escuta o que eu falo, cara. Essa porra vai dar em merda". No final da noite, após ter perturbado uma dúzia de funcionários e clientes, Wanslívio foi levado já inconsciente para casa, e no dia seguinte já não se lembrava mais do que havia acontecido naquela noite. Segundo jornais locais, duas semanas após o episódio, Wanslívio se mostra cada vez mais firme em suas convicções, e quando interpelado sobre os perigos do Large Hadron Collider (que já está em atividade há algum tempo), Wanslívio (com base em razões íntimas que ainda não sabe apontar) afirma: "Não sei não, cara, mas ainda acho que essa porra só pode dar em merda".